O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (Stap) convoca
os Guardas Civis Municipais para um protesto que acontecerá hoje, às 14h, na Câmara Municipal
contra a Operação Delegada.
O Stap combate essa operação, que, segundo o sindicato, legaliza o bico de policiais militares,
desvaloriza a função do GCM e consome recursos do município, causando impacto financeiro
no orçamento da Secretaria de Assuntos de Segurança Pública.
“O Projeto de Lei já foi debatido na cidade por duas vezes.
Mobilizamos a categoria e conseguimos impedir a celebração do convênio entre a Prefeitura
e o governo do Estado. Entendemos que, se a Operação Delegada for adotada, haverá
consequências nas finanças do município”, afirmou Leandro Martins, diretor do sindicado
e servidor da GCM de Guarulhos.
Segundo o sindicato, os principais impactos da aprovação do PL serão o aumento dos
gastos do município com um serviço que é atribuição do governo do estado; o fato de
ser competência de o governo estadual aumentar o efetivo da PM na cidade, bem como
dotar a polícia de mais postos, viaturas e equipamentos; além da operação legalizar os “bicos”,
sobrecarregando a jornada de trabalho dos policiais, que ficam sem folga ou sem férias
– gerando perda de qualidade de vida para o policial e também afetando a qualidade
do serviço prestado à população.
Para o Stap ao invés de oficializar “bicos”, liberando PMs com fardas e armas para serviços extras,
o governo do estado deveria melhorar o salário dos policiais, pagando vencimentos à altura da
importância da função. “Pedimos aos GCMs que se mobilizem contra a iniciativa.
Reforçamos que nosso sindicato combaterá, pelos meios legítimos,
essa medida lesiva ao trabalhador da PM, aos cofres guarulhenses e aos nossos Guardas Municipais”,
destacou Martins.
Procuradores – Em greve desde o dia 17 de outubro, os procuradores do município tentam novo
acordo com a Prefeitura no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP). A reunião acontece hoje às 11h40.
Os procuradores paralisaram as atividades em protesto contra corte nos vencimentos,
que chegam a até 60%. São cerca de 80 servidores do município na função.
O advogado do Sindicato, Marcelo Mendes Pereira, explica que a greve dos Procuradores se mantém
devido à falta de disposição da prefeitura para negociar com o segmento. “Cerca de 30% das atividades
estão funcionando, para não haver interrupção nem prejuízo no serviço. Caso não haja acordo no TRT,
os Procuradores vão intensificar o movimento”, afirmou.
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